20 outubro 2008

Wir Sind Helden

Creio que estou devendo uma postagem que fale de coisas boas, faz um tempo já.
Admito que os últimos tempos não têm sido fáceis pra mim, mas seria arrogância minha ignorar as coisas boas que aconteceram nesse último ano.
Uma que eu cito ultimamente é as bandas na qual faço parte.
Elas têm me mostrado alguns resultados consideravelmente positivos, coisas que há um ano atrás, por exemplo, eu achava que não iria alcançar.
Outra coisa legal é a superação. Cada dia que passa, me vejo fazendo coisas que nunca me vi fazendo, o que pra mim é muito ninja! Porque oras, eu sempre me acho despreparado pra tudo. Agora, já me vejo dando a cara a tapa, pra ver no que vai dar... Sei lá, parece coisa de Naruto se arrebentar e ver no que vai dar e de ser tão teimoso, ir aprendendo... mas é legal tu ver o quanto nos reerguemos e temos condições de dar a volta por cima.

Sempre me vi vivendo uma vida segura, sem precisar arriscar muito pra conseguir as coisas.
Deixava a imaginação voar, mas deixava também meus pés saírem do chão nas minhas decisões... Sei lá, nunca quero deixar de sonhar, mas também nunca quero deixar a minha coerência de lado, pra depois não me desiludir. Como eu já disse inúmeras vezes: a pior sensação é a de decepção por criarmos expectativas em coisas que não nos trarão o retorno esperado...

Depois de passar por crises de diversos tipos, me vejo com oportunidades... E até dinheiro! CREEEEEEEEDOOOOOOOO!!!!!
Esse tipo de coisa é meio inédita pra mim! =P
Comprei meu piano, sonho que tenho desde que comecei a tocar. Pode ser um piano digital e simples, mas conquistei isso com meu esforço... É bom poder ver esse tipo de coisa, sabe?
Se o final do ano fosse nessa semana, eu diria que não poderia estar encerrando melhor. Claro, tem coisas que não mudam tão fácil... Continuo sendo o pior possível nas relações afetivas! =P
Mas azar, quem precisa disso quando se têm dinheiro? lol

Sabe, mesmo com meu tempo mais escasso, até afim de estudar estou... Vou me inscrever pra escola técnica da Ufrgs, afinal, acho que o vestibular não será o ano ainda. Vou me inscrever para mais algumas provas, até do Parobé! Ah, o Parobé... Devo muito a aquela espelunca. Foi lá que eu aprendi valiosas lições e conheci pessoas que literalmente mudaram a minha vida.
Graças a essas pessoas, hoje posso estar aqui refletindo sobre a minha vida, e me vendo preparado para tudo aquilo que sequer eu me imaginava estar vivendo...
Valeu à todos que fizeram parte disso! ^_~

Três coisas que quero melhorar:
- meus relacionamentos sociais, que andam meio estranhos ultimamente por pena de algo que eu não descobri ainda.
- minha falta de coragem para atitudes simples, mas que podem mudar muitas coisas...
- voltar a ter uma imaginação que me leve para o alto e avante! ^_~

E assim, andei olhando meu antigo blog, que não existe mais... Mas tem um site que é uma espécie de arquivão da Internet, e andei relendo umas postagens... Uma que não tem lá, mas que lembrei é uma que eu citei uma introdução de um capítulo de Mago: A Ascensão.

Postarei novamente:

" 'Conte-me sobre o castelo mágico de novo. Fale sobre os cavaleiros, os magos e os dragões. Por favor, conte-me de novo.' O pequeno garoto implorava, pulando na sua cama. 'Só mais uma vez, por favor.' Ele girou seus olhos brilhando, enquanto olhava para aquele que fora outrora seu mentos.
O velho homem sorriu e bateu gentilmente na cabeça do jovem, com carinho. 'Muito bem, uma última vez, mas eu acho que já contei essa história pelo menos umas dez vezes na última semana. Você nunca se cansa dela, não é?'
O garoto afastou o cabelo de seus olhos. 'Não, eu adoro escuta-la. É muito melhor que as coisas dos livros da escola.' Ele deu um sorriso feliz para cativar o velho homem.
Sorrindo de volta para o garoto, o velho se sentou confortavelmente. As rugas sábias de seu rosto envelhecido se avolumaram sob seu olhar amável e, por um momento, ele se pareceu com a pintura de um velho oráculo. 'Onde você quer que eu comece? Desde o início ou em certo ponto?'
'Hmm,' murmurou o garoto, obviamente pensando sobre a proposta. 'Eu não sei, comecei onde você quiser. Não, espere! Eu quero ouvir sobre o início do lugar. E sobre os homens que o construíram. E sobre os guardiões que o protegiam. Eu gostaria de ouvir sobre eles.'
Com um olhar satisfeito, o homem olhou pela janela e ficou em silêncio por alguns instantes. Finalmente, ele respirou fundo e falou num tom reverente. 'Há muito, muito tempo, viveu um grupo de eruditos e mágicos. Eram homens e mulheres de grande instrução e grande visão. Mas naquele tempo, como agora, as pessoas temiam o que não podiam compreender e o que não conheciam. Assim, esses homens decidiram construir um castelo no céu, longe dos olhos das pessoas. Eles reuniram os melhores construtores para fazer os muros fortes e densos, e os melhores guerreiros para vigiar a muralha e manter todos seguros dentro dela. Quando estava pronto, eles criaram um campo de luz à sua volta, de forma que ninguém exceto seus convidados pudessem se aproximar.'
Por um momento, o garoto fechou o rosto tentando imaginar um castelo nas nuvens cercado de luz. Então pulou da cama e puxou sua caixa de blocos de montar. 'Mostre-me como ele era.' disse, descarregando o conteúdo da caixa no assoalho.
O homem ajoelhou e começou a juntar os blocos. 'Se eu me lembro corretamente, os muros tinham essa forma.' Suas mão enrugadas se moviam com confiança enquanto construía as guaritas. 'Os muros internos eram mais ou menos assim. E a construção tinha todo tipo de quartos, salões e passagens secretas.'
Os olhos do garoto se arregalaram enquanto se aproximava. 'Mostre-me! Como elas funcionavam? Para onde iam?'
O homem envelhecido sorriu e apontou para o prédio principal. 'No salão principal, atrás de uma das tapeçarias, existia um bloco que você podia empurrar. Ele abria uma porta.' Ele arrastou seu dedo no assoalho até trinta centímetros do castelo de blocos. 'Ele sairá aqui.' O homem inclinou sua cabeça para o lado, ouvindo alguma coisa, então bateu suavemente na cabeça do garoto. 'Eu ouço Nana chegando. Melhor se preparar para dormir. Eu virei falar com você amanhã.'
A porta do quarto se abriu e Nana mostrou sua cabeça. 'Hora de dormir, Tomas. Com que você estava falando?'
Tomas se arrastou para baixo de seus cobertores e encostou a cabeça no travesseiro. 'Ah, ninguém de verdade, Nana. Apenas o Senhor P.'
Nana sorriu e assentiu com o conhecido olhar de uma babá indulgente. 'Ah, ele de novo. Bem, você podia dizer que mandei um 'oi' para ele quando vi-lo de novo.' Ela fechou a porta e desceu para a sala. 'Crianças e suas imaginações ativas. Mas eu os amo assim mesmo.'



Por mais que isso soe estranho pra quem possa vir a ler, pra mim tem um sentido muito grande.
Quero voltar a ser essa criança, cheia de imaginação... Espero que não falte muito! ^_~

2 comentários:

Priih disse...

Aaaaah, coisa boa ler um post cheio de sentimentos novos e motivações! =)
Fico realmente muito feliz!

Sonhar sempre faz bem... acreditar em si mesmo e tentar fazer o possível pra construir uma vida melhor!

Espero que tudo dê certo pra ti nessa tua nova fase, de coração! ^_^

Panizzi disse...

De tijolo em tijolo, vão se construindo castelos. É muito bom passar por mudanças que melhoram a perspectiva de vida, a auto-estima e a auto-confiança.

Abraço,

Panizzi